Existem muitos fatores que podem ter um impacto na perda de peso. Não podemos atacar um processo de redução de gordura de forma cega e igual para todos. Primeiro, precisamos avaliar as causas do excesso de gordura e quais os fatores de vida que podem estar no caminho. Só assim veremos uma mudança na balança e manter uma %MG saudável a longo prazo. Alguns dos obstáculos mais comuns que afetam a perda de peso são:

1. Má nutrição tanto em quantidade quanto em qualidade. Não só o que e quanto se come, mas também como: sentado, mastigar devagar, ambiente tranquilo

2. Stress pode condicionar a busca de compensações emocionais (o gelado ou chocolate), aumento temporário de energia, decisões pouco conscientes e simplistas (comida processada embalada cheia de gordura e xarope de glucose). O cortisol também afeta a sensibilidade à insulina no sangue. Meditação, massagens de relaxamento e técnicas de mindfulness são úteis para aprender a gerir mais efetivamente o stress. Se sentir que o stress, ansiedade ou insatisfação emocional está a afetar a sua qualidade de vida, consulte um psicólogo e procure desenvolver competências de mindfulness ou uma pratica regular de meditação.

3. Toxinas podem provocar inflamação e oxidação do organismo e afetar a saúde do microbioma intestinal. Podem vir de alimentos (chumbo, mercúrio, mioplásticos), produtos de limpeza e beleza, poluição atmosférica, tabaco ou excesso de café.

4. Sensibilidades alimentares criam inflamação e, portanto, afetam a perda de peso. Se desconfia que certos alimentos o deixam sentir-se inchado ou com baixa energia, consulte o seu nutricionista.

5. Desequilíbrios hormonais nos níveis de estrogénio, progesterona, DHEA, testosterona pode impactar a perda de peso e também existem análises para essa avaliação.

6. Resistência à insulina é uma epidemia no mundo moderno devido às características da alimentação processada com elevado conteúdo de açúcares, glucose ou adoçantes e tem efeito direto na perda de peso. A insulina regula a distribuição de glicose na corrente sanguínea, tem impacto negativo no armazenamento de gordura. Ou seja, converte mais rapidamente as calorias consumidas em gordura, e reduz a energia disponível para o funcionamento do organismo desregulando a vontade de comer novamente. A análise da sensibilidade à insulina pode também ser relevante na definição do programa alimentar.

7. O Sono ajuda a manter as hormonas do apetite e saciedade grelina e leptina em equilíbrio. Uma dieta de sono regular com pelo menos 7 horas aumenta os níveis de energia e bem-estar. Dormir mal ou pouco pode impelir a busca de alimentos açucarados ou hidratos para encontrar a energia em falta.

8. Saúde intestinal de impermeabilidade da parede intestinal e saúde do microbioma intestinal permite reduzir inflamação. O aparelho digestivo, em particular os intestinos, está coberto de células neuronais e ligado diretamente ao cérebro, criando uma relação bidirecional profunda intestino-cérebro.

9. Exercício inadequado com excesso ou insuficiente em termos de frequência e/ou intensidade. O desequilíbrio entre exercício e nutrição pode afetar diretamente a perda de peso.

10. Estilo de vida e hábitos saudáveis nas relações interpessoais, consumo de café, tabaco ou drogas, descanso e sono, stress, vida espiritual e propósito, são fatores cruciais para o bem-estar e adequado funcionamento fisiológico e emocional do corpo.