O peso é um mero indicador que deve ser relacionado com outras variáveis, como altura, massa muscular, pregas adiposas, gordura visceral. Uma métrica alternativa comummente utilizada é o Índice de Massa Corporal (IMC), uma fórmula muito simples: Peso em kg / Altura em metros ao quadrado. Há tabelas muito divulgadas de nível “ideal” de IMC relacionando peso e altura. Em geral, IMC > 30 kg/m2 é classificado como obesidade e IMC > 25 Kg/m2 é dado como excesso de peso. Mas este indicador ignora fatores cruciais como género ou idade e nada diz sobre composição corporal, podendo ser uma visão muito redutora. 

É por isso preferível usar métodos que mais adequadamente se focam na gordura corporal, como a medição de pregas adiposas por profissionais ou medida de circunferência em zonas chave (abdómen, cintura, braços, coxas) para avaliar o progresso ao longo do processo de emagrecimento.

Todos estes dados podem ser importantes para avaliar a modificação corporal, mas nenhum deles é tão importante e dotado de tanta especificidade – tanto para a saúde como para a estética – do que a percentagem de massa gorda (%MG). 

O Índice de Massa Gorda Relativa (IMGR) é um cálculo simples com base na altura e circunferência da cintura: Mulheres: 76 – (20 x altura dividida pela circunferência da cintura). Homens: 64 - (20 x altura dividida pela circunferência da cintura). Trata-se de uma estimativa aproximada de %MG, considerando-se níveis normais entre 16-20% para homens e 20-24% para mulheres, porém estes valores normalmente aumentam com a idade. Trata-se contudo de uma estimativa da %MG, havendo hoje métodos mais rigorosos de o fazer através de equações preditivas baseadas na medição de pregas cutâneas, perímetros, género, idade e tipo de atividade física ou através de balanças de bioimpedância.

A balança de bioimpedência elétrica envia um estímulo elétrico de baixa voltagem, que atravessa o organismo e fornece o valor de água. A água é um bom condutor elétrico enquanto que o tecido adiposo não, pelo que é possível medir a %MG através da resistência ao estímulo elétrico. Este é um método fiável, mas importa respeitar algumas indicações para assegurar a fiabilidade da avaliação: não ingerir café e bebidas alcoólicas 48h antes do teste; não realizar exercício físico de intensidade elevada nas 24h anteriores; se possível urinar 30 minutos antes do teste; não consumir medicamentos e/ou suplemento com efeito diurético 7 dias antes. Devido ao estímulo elétrico, este método é contraindicado para indivíduos com pacemaker.