Os meios de comunicação social, as imagens das modelos publicitários e as redes sociais criam uma pressão em relação ao “corpo ideal” ou “peso ideal”, causando uma obsessão com os números da balança que em nada contribui para mudar hábitos e melhorar estilos de vida. Não existe um peso ideal universal, pois este depende muito de outros fatores como altura, massa muscular, histórico de saúde e estilo de vida. 

O peso total na balança traduz a soma de toda a composição corporal: tecido muscular, tecido adiposo, ossos, órgãos e também a quantidade de fluidos. 

A composição corporal pode assim ser dividida em massa gorda (essencial e não essencial) e massa magra (músculos, ossos e órgãos). 
A massa gorda subdivide-se em gordura essencial e gordura não essencial. Há um nível mínimo de gordura essencial à sobrevivência humana e normal funcionamento do organismo, fornecendo energia, regulando a temperatura corporal, isolando órgãos e ajudando na construção de células. O nosso cérebro é essencialmente massa gorda. Níveis muito baixos de gordura podem causar doenças do sistema imunológico e fadiga severa. No caso das mulheres, uma percentagem de massa gorda muito baixa em relação aos valores ideais pode interromper o ciclo menstrual. Portanto assegure que ingere o nível necessário de gorduras boas com ómega 3 e 6. 

Por outro lado, a gordura não essencial ou gordura armazenada é uma reserva de energia acumulada. Em excesso, esta gordura não essencial pode ser bastante prejudicial, causando inflamação, stress oxidativo e problemas cardiovasculares. O foco é reduzir a %MG para níveis considerados adequados, mantendo apenas a gordura essencial e reduzindo a gordura armazenada.

Pelo contrário, os músculos são um tecido metabolicamente ativo, ou seja, consomem energia, aumentando o metabolismo e consumo calórico do corpo. Além disso, a massa muscular é crucial para equilíbrio corporal, força funcional e mobilidade, reduzir a sensibilidade à insulina, diminuir riscos cardiovasculares, além de produzir uma série de substâncias com potencial anti inflamatório. A contração e extensão muscular liberta hormonas de bem-estar como dopamina, oxitocina e serotonina.