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|| Superpoderes 5: Força ||

Iniciamos este podcast com 8 episódios dedicados ao método Superpoderes, o nosso modelo integrado para fazer de si um super-homem ou super-mulher. O propósito é ajudar a libertar os seus “Superpoderes”, para uma vida com mais energia, saúde, auto-confiança e propósito.

O Método Superpoderes é um modelo integrado e completo de bem-estar, alta performance e serenidade. É simples, mas não é fácil, e exige compromisso continuado, tranquilidade e confiança. Não há soluções milagrosas, rápidas e sem esforço. 

A indústria do bem-estar e auto-ajuda produz métodos e soluções milagrosas a uma velocidade estonteante, lançando promessas de felicidade e beleza sem esforço. Ilusões lançadas com o propósito de conquistar a sua atenção, vender produtos ou livros ou consultas ou apps. Modas que sobrevivem até outra proposta berrar mais alto na competição pela sua atenção. Correr atrás das modas serve apenas para gerar ansiedade e sentido de culpa. 

Infelizmente, não há atalhos. Não há soluções milagrosas. Mas há um processo que pode permitir a cada um construir uma vida melhor. Com tranquilidade, com tempo, para uma mudança pessoal permanente e sem auto-censura. Podemos desenvolver uma relação positiva e de confiança com o bem-estar, saúde, exercício e alimentação. Um mindset positivo, tranquilo, com confiança e curiosidade. Com mais resultados e menos luta interior. 

Os pilares de uma vida com Superpoderes são claros – e disponíveis gratuitamente para qualquer pessoa que tenha a coragem e compromisso de se tornar a melhor versão de si mesmo. Liberte os seus superpoderes, deixe-se brilhar!

Os 6 pilares do método Superpoderes são hormese, movimento, alimentação, força, autoconsciência e tempo de descanso e socialização. Assentes numa base de compromisso e curiosidade. Nos episódios anteriores falamos já da hormese, movimento e alimentação. Abordamos hoje a Força.


Passemos então ao quarto pilar, a Força. A musculatura esquelética é essencial para a longevidade e qualidade de vida, sustentando todos os órgãos. O músculo consome mais calorias do que a gordura, pelo que peso e gordura são conceitos muito diferentes. O desenvolvimento muscular acelera o metabolismo, queimando mais calorias mesmo em repouso. O desenvolvimento de músculos reduz gordura em geral e gordura visceral, reduzindo risco de diabetes ou doenças cardíacas.

O treino de força é distinto do conceito de movimento, embora os treinos funcionais geralmente misturem ambos. Movimento é essencialmente cardio, agilidade e coordenação motora. Força implica uma pressão temporária sobre a musculatura esquelética.

Estudos em pessoas com mais de 60 anos mostram que um programa de treino de força reduz o risco de quedas em 34%. Só que o processo de perda muscular e de densidade óssea começa aos 30 anos, pelo que temos que começar muito mais cedo para conseguir viver mais e com qualidade. O treino de força coloca pressão temporária sobre o esqueleto e ajuda a desenvolver densidade óssea e evitar osteoporose.

O treino de força também contribui para a auto-estima, por desenvolver a confiança de ultrapassar obstáculos. Vários estudos mostram que treino de força em adolescentes aumenta a auto-estima e confiança.

Por fim, como cereja no topo do bolo, o exercício físico em geral e o treino de força em particular liberta hormonas do bem-estar e ajuda a controlar o stress. A contração e extensão dos músculos liberta endorfinas, reduz o nível de cortisol e liberta BDNF (brain derived neurotrophic factor) que ajuda na memória e aprendizagem.

O músculo esquelético, ou seja, os músculos que suportam o esqueleto, são um órgão como qualquer outro, e interagem com o resto do organismo. Por exemplo, o músculo aumenta a sensibilidade à insulina, e desse modo reduz açúcar no sangue.

Há vários tipos de exercícios de força, e é importante ter treinos intensos e variados: hipertrofia muscular (levantar cargas pesadas), endurance muscular (cargas leves com muitas repetições), circuito (exercícios variados sem intervalo), força máxima (pesos elevados com poucas repetições, treino curto e intenso para estimular resposta muscular) e força explosiva (saltos ou movimentos rápidos).

O princípio base no treino de força é respeitar o corpo, ou seja, não exagerar para evitar lesões, mas progredir continuamente evitando plateaus de performance, desafiando-nos a novos limites. As prioridades devem ser respeitadas para assegurar progressão continua: 1º, a técnica, 2º número de repetições e só depois em 3º aumentar a carga.

Para além da musculatura esquelética, importa dar uma atenção especial aos músculos intercostais, um grupo de músculos da parede do torax que suportam os órgãos vitais (pulmões, coração, intestinos, fígado). É o que usualmente designamos por Core. Têm um papel central na respiração e na gestão da temperatura corporal, ativando a combustão de gordura para produzir energia como resposta ao frio. O desenvolvimento destes músculos pode ser estimulado por exercícios de equilíbrio como yoga e pilates, que exigem domínio da respiração, ou com exercícios respiratórios de expiração profunda, até tirar todo o ar dos pulmões… e depois ainda mais o restinho, apneia em vazio antes de voltar a inspirar. No próximo episódio falaremos de técnicas de treino respiratório, de estilo pranayama e Wim Hof.

10 Feveiro 2023